Primeiro, quando a gente nasce, a gente aprende a receber e a aceitar. Depois, a gente aprende a confiar ou a desconfiar. Depende da família. Do contexto. Da cultura. Quando a gente aprende a andar no automático mesmo, a gente começa a perceber que tem menino e que tem menina. E dá vontade de sair matando a mãe, ou o pai. E essas coisas. Simbolicamente. O corpo, mesmo antes de nascer, interage; se relaciona. Através dele dizemos. A criança, bem cedo, dá e tira; progride e regride. E percorre no vazio, fora do útero, aos cuidados da mãe, suficientemente boa ou não, da família, suficientemente boa ou não, da sociedade, nunca suficientemente boa. Sozinho ninguém vive. Mesmo que viva só. E criança nunca solta; perde. E a vida segue. Morte, vida, morte. Fases. Renascer. Ciclos. Regredir um pouco, se preciso for. Evoluir, querendo ou não.
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