sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Mudança de Paradigma, na prática

"A situação em que se vive essa profunda aproximação de si mesmo, como se eu me encontrasse com o que em mim me transcende, como se que em mim é pessoal abrisse espaço ao impessoal, é a isso que chamamos de experiência. . A ideia de experiência é o que mais importa quando pensamos em uma vida ética do ponto de vista do "tornar-me quem sou". Que a experiência esteja em baixa é, portanto, a questão com que precisamos nos importar. Talvez o retorno à experiência seja um caminho de emancipação das amarras das tendências dominantes e sua produtividade antipolítica" (TIBURI, 2014).

Gosto muito de acompanhar os textos da Ana
Desde que lá estive, as transformações e transmutações seguem acontecendo
E tudo se apresenta conforme a necessidade do momento, do que é preciso viver e aprender
http://anathomaz.blogspot.com.br/2015/09/o-fim-da-desescolarizacao.html

"para conectar é necessário pensar, sentir e agir de outro modo do qual fomos ensinados e treinados"

E assim, vamos praticando a mudança de paradigma aqui nos mananciais
Realizando o trabalho que ativa a abertura necessária para os encontros fluírem

As crianças se encontraram: Flora, Eleonora, Thomaz, Maitê, Yasmin
As mães também: Eu, Janaína, Letícia e Cris
E dois pais: Joel e David
E uma amiga linda: Silvane

E todos se conectaram, em liberdade: na grama, na água, no rancho, na argila, no labirinto, nos tijolinhos, na barraca, no balanço, no jardim, na bicicleta, no pasto, na sala de brinquedos, na cama "pula-pula", na varanda...

Muita interação e até troca de brinquedo
Lanche vegano com suco natural
É a Casa Labirinto no Campo
Acontecendo de verdade
Se tornando realidade

tudo com muito amor, conexão e gratidão.







Fale comigo para saber mais sobre estas vivências de educação livre e colaborativa e...



Conecte-se! Participe! Pratique!


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Eu quero brincar!

É mesmo muito impressionante que ainda exista sala de aula com cadeiras e carteiras
ou estou querendo algo de outro planeta?

Vejo as crianças muito felizes e plenas, dos 2 aos 12 anos (ou mais), vivendo intensamente o que pode o corpo a partir da livre expressão do brincar junto. É simplesmente sensacional.

Tenho certeza de que, se fossem realmente livres na infância para fazerem isso, teriam sede de sentar de vez em quando pra realizar alguma tarefa de interesse, fosse ela qual fosse, com a mediação cultural necessária para ela aprender o que quer que naquele momento ela estivesse necessitando aprender para, muito provavelmente, continuar a fazer algo.

Responsabilidade total: eu não tenho tempo-espaço pra pensar no que eu deveria fazer quando estou completamente ocupada com o que estou fazendo.

Mas, de mesma forma impressionante, nessa mesma humanidade da qual faço parte, tem gente que ainda acha que tem mesmo é que deixar as crianças separadas e retidas em salas, sentadas, esperando a manhã ou a tarde passar, enquanto obedecem uma professora que também foi pra escola e assim era o tratamento que recebia.

No entanto, continuamos eu e mais uma imensa força de resistência trabalhando.
E lá fui eu de novo, ver o que dava pra fazer com as quatro turmas do contra-turno da Associação Menino Deus.

Turma 1 - legal, labirinto, barulho, bagunça, caminhadas, cumprimentos, abraços, perguntas, novidades, tudo junto ao mesmo tempo. Em silêncio observei. Fui silenciosamente cativando a todos para que fizéssemos uma roda. Mantra Om entoado por todos 5 vezes. Brincadeira do nome de todos. Flora junto. Depois, sugestão: andar no labirinto e dizer qual a coisa que mais queria fazer agora. Todos queriam andar primeiro! Foi a primeira criança. O que você mais quer? Brincar!, ela responde. E foi, direto pro parquinho. E foram todos! E com a menina que sentia cólicas e não queria fazer nada, fizemos um labirinto de pedras de 7 circuitos, na mesa de cimento. Outras crianças vieram ajudar. Até que: caracol! Posso levar o caracol no labirinto? Trouxeram 1, 2 e 3 caracóizinhos bonitinhos do jardim pra caminhar no labirinto de pedrinhas...

À tarde o menino chegou e tirou umas 4 pedrinhas da sétima volta do labirinto na mesa, e disse: aqui é saída. Depois, ele mesmo destruiu todo o trabalho. Mas aquilo deu a deixa para as meninas iniciarem uma brincadeira com as pedras, mato, flores e tesoura, em cima da outra mesa, enquanto a outra parte do grupo corria e brincava feliz.

Então, vamos pensar junto:
Professores sozinhos na sala de aula não dá mais.
Sala de aula não dá mais.
O que dá?

Mãos à obra!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Estar presente e jogar junto


A gente tem uma clareza:

as pessoas vêm pra se unir
o projeto é radical
as crianças só brincam
e ficam mais inteligentes

a sala não é mais de aula
é um espaço de experiência e descoberta

a escola pode ser desnecessária
necessário é o encontro

crianças que não estão presas,
CRIAM!!!!!

e na brincadeira surge
o insight de criação

Assista a Ana, é sempre uma inspiração pra coisa acontecer
https://www.youtube.com/watch?v=B7506orJZ2k

***

Abrimos dois diferentes modelos de labirinto no tatame hoje, lá no contra-turno das crianças da associação menino deus, e as duas turmas da manhã brincaram livremente no primeiro momento.
Percursos em dupla, individual, com o grupo todo.
O menino encontra o jeito de deixar o amigo entrar, sem sair do caminho estreito.
A menina vestida bailarina não caminha, flutua. Em meio ao trio de meninos que corre pula e se abraça, vigorosamente.

Metáfora para trajetórias do corpo e investigação subjetiva do movimento. Caminhos.

"Ora, a vida não é senão um modo de experimentar a construção de metáforas ou de experimentar metáforas construídas" (Márcia Tiburi, 2014)

Olhando tudo isso, presente, fiquei tentando responder: por que os labirintos são necessários?
Ora, só porque é fundamental saber o que se tem dentro de si.